Cirurgia Urológica
Cirurgia robótica da Vinci

Você sabia que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, principalmente em idosos¹?

E que os tumores de rim estão entre os dez mais comuns em ambos os sexos²?

No mundo inteiro, acompanhamos a alta prevalência de tumores desse sistema. Por isso, além de essencial à qualidade de vida de todos, a saúde urológica merece atenção.

Em um momento tão delicado da vida do paciente, receber cuidados minimamente invasivos pode significar a opção mais benéfica. A tecnologia robótica e todas as suas diversas vantagens ajudarão o seu médico a buscar o melhor resultado possível.

A urologia foi a primeira especialidade incorporada pela cirurgia robótica. Por esse motivo, já existem no Brasil centenas de cirurgiões urológicos habilitados para realizarem esse tipo de procedimento.

Conheça os principais procedimentos urológicos realizados com a tecnologia robótica:

  • Prostatectomia
  • Nefrectomia
  • Cistectomia

 

Converse com seu cirurgião sobre os resultados cirúrgicos que ele tem quando utiliza o sistema da Vinci, pois a experiência de cada médico é diferente. Por exemplo, pergunte a ele sobre:

  • Tempo de internação dos pacientes;
  • Taxas de complicações;
  • Retorno da função erétil;
  • Continência urinária após o procedimento;
  • Duração do procedimento.

Referências

  1. Câncer de Próstata. INCA, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata. Acesso em: 25/04/2022
  2. Key Statistics About Kidney Cancer. American Cancer Society, 2022. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/kidney-cancer/about/key-statistics.html. Acesso em: 25/04/2022

Prostatectomia

A doença

A próstata é uma glândula localizada na base do pênis e abaixo da bexiga, tendo o tamanho aproximado de uma noz. Tumores cancerígenos podem se desenvolver na próstata, sendo considerado um câncer da terceira idade, uma vez que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos¹.

Diagnóstico

Para investigar os sinais e sintomas do câncer de próstata e descobrir se a doença está presente, pode ser realizado o rastreamento através de exame de sangue (PSA) e do toque retal. Estes exames são recomendados para todos os homens a partir de 45 anos, e a partir dos 40 anos para aqueles da raça negra ou que têm histórico de câncer da próstata na família².

Quando há alguma alteração no rastreamento, é necessária a realização de biópsia da próstata. Se o diagnóstico de câncer for confirmado pela biópsia, deve-se definir qual tratamento será instituído, que será específico para cada paciente³.

Tratamento

O tratamento depende do estadiamento da doença, da idade e do estado geral de saúde do paciente. Ou seja, cada caso deve ser analisado de forma individual. De uma maneira geral, a cirurgia, a radioterapia e a terapia hormonal costumam ser as opções mais comuns, isoladamente ou em combinação.

Caso seja indicada, a cirurgia mais frequente é a prostatectomia. Durante uma prostatectomia radical, o cirurgião irá remover toda a próstata e, possivelmente, um pouco de tecido da região e nódulos linfáticos. Em alguns casos, existe também a possibilidade de ser realizada uma prostatectomia simples, que consiste na remoção de apenas uma porção da próstata que está acometida pelo câncer.

A incontinência urinária e disfunção erétil são efeitos colaterais possíveis e através da cirurgia robótica o paciente poderá ter um procedimento mais preciso, com recuperação mais rápida e menor risco de efeitos colaterais.

A prostatectomia é um procedimento amplamente realizado com o auxílio de um sistema robótico, sendo o procedimento robótico mais realizado no Brasil e no mundo. Segundo dados da empresa responsável pelo maior parque robótico do mundo, a Intuitive, a cirurgia robótica da Vinci está presente em 67 países, já foram realizadas mais de 10 milhões de procedimentos cirúrgicos utilizando a técnica ao redor do mundo, sendo mais de 4 milhões foram procedimentos de prostatectomia robótica. Nos EUA 92% dos urologistas estão utilizando a técnica robótica para a realização da prostatectomia radical, que se tornou padrão ouro de tratamento.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada caso, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.

Referências

  1. Câncer de Próstata. INCA, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata. Acesso em: 24/04/2022
  2. Key Statistics for Prostate Cancer. American Cancer Society, 2022. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/prostate-cancer/about/key-statistics.html. Acesso em : 24/04/2022
  3. Can Prostate Cancer Be Found Early? American Cancer Society, 2019. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/prostate-cancer/detection-diagnosis-staging/detection.html. Acesso em : 24/04/2022

Nefrectomia

A doença

Os rins são um par de órgão localizados na região lombar, dispostos um de cada lado da coluna. Esses órgãos são responsáveis por filtrarem as impurezas presentes no sangue e como resultado produzirem a urina, que segue até a bexiga onde fica armazenada até ser excretada.

Tumores podem se desenvolver nos rins, sendo que alguns deles podem ser cancerígenos. No Brasil, a incidência de câncer de rim estimada é de 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes. Além disso, o câncer de rim é um dos 10 tipos mais comuns de câncer tanto em homens quanto em mulheres¹.

Diagnóstico

Os principais sinais e sintomas que indicam chances de câncer de rim são sangue na urina, dor de um lado da região lombar, anemia e perda de peso. O exame clínico também pode fornecer pistas iniciais ao médico que ajudam no diagnóstico.

A ultrassonografia das vias urinárias apresenta grande eficiência da detecção de massas anormais nos rins, ou seja, tumores, por isso é amplamente utilizado para o diagnóstico.

A tomografia computadorizada também é importante para a identificação da localização do tumor, tamanho e definição do estágio da doença. Da mesma forma, a ressonância magnética também é um exame possível, complementando os achados obtidos com a tomografia. Muitas vezes esses exames são necessários também para o planejamento feito antes da cirurgia².

Tratamento

O tratamento do câncer de rim pode ser feito por várias abordagens diferentes como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e até mesmo a cirurgia. Por vezes, mais de um tratamento pode ser indicado para os pacientes.

O tratamento cirúrgico consiste na remoção do tumor presente no rim, e é chamada de nefrectomia. Dependendo do tamanho e localização do tumor, pode ser removida apenas uma porção ou a totalidade do rim. Assim, as nefrectomias podem ser divididas em dois principais tipos:

– Nefrectomia parcial: remoção de parte do rim, deixando o resto no órgão intacto.

– Nefrectomia radical: remoção completa do rim.

Ainda que esse procedimento seja normalmente indicado quando há um tumor cancerígeno no órgão, existem outras condições que também podem levar a uma nefrectomia, como tumor não cancerígeno, insuficiência, infecção crônica e outros.

A nefrectomia pode ser realizada por meio de uma cirurgia aberta, onde o cirurgião faz um grande corte para ver diretamente o órgão e fazer a remoção do tumor. Outra opção disponível é o método minimamente invasivo, como a cirurgia videolaparoscópica ou a cirurgia robótica da Vinci.

Diversos benefícios estão relacionados com a cirurgia robótica para nefrectomia. Estudos mostraram que pacientes submetidos a nefrectomia robótica tiveram menor tempo de internação³, , ⁵, menos complicações³, ⁵ e menos perda de sangue³, comparado com paciente com cirurgia aberta. Outros estudos apontam que pacientes sentem menos dor no pós-operatório que pacientes que tiveram uma cirurgia aberta⁴, ⁶.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada caso, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.

Referências

  1. Ministério da Saúde amplia tratamento para câncer renal. INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/noticias/ministerio-da-saude-amplia-tratamento-para-cancer-renal. Acesso em: 02/05/2022.
  2. Sobre o Câncer de Rim. Oncoguia, 2020. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/712/153/. Acesso em: 02/05/2022.
  3. Shen, Zhonghua, et al. “The Comparison of Perioperative Outcomes of Robot-Assisted and Open Partial Nephrectomy: A Systematic Review and Meta-Analysis.” World Journal of Surgical Oncology, vol. 14, no. 1, 22 Aug. 2016, 10.1186/s12957-016-0971-9.https://www.prostatecentre.com/patient-information/diseases-prostate/prostate-cancer/treatments/prostatectomy
  4. Aboumarzouk, O. M. S., R. J.; Eyraud, R.; Haber, G. P.; Chlosta, P. L.; Somani, B. K.; Kaouk, J. H. (2012). Robotic Versus Laparoscopic Partial Nephrectomy: A Systematic Review and Meta-Analysis. European Urology.
  5. Xia, L., X. Wang, T. Xu and T. J. Guzzo (2016). “Systematic Review and Meta-Analysis of Comparative Studies Reporting Perioperative Outcomes of Robot-Assisted Partial Nephrectomy versus Open Partial Nephrectomy.”J Endourol.
  6. Zargar H, Allaf M, Bhayani S et al. Trifecta and optimal perioperative outcomes of robotic and laparoscopic partial nephrectomy in surgical treatment of small renal masses: a multi-institutional study. BJU International. 2015;116(3):407-414. doi:10.1111/bju.12933.

Cistectomia

A bexiga é um órgão localizado na parte baixa da pelve, com o formato arredondado e flexível. Este órgão tem a função de armazenar a urina que é produzida pelos rins, até que ela seja excretada. A urina chega dos rins até a bexiga por meio dos ureteres.

Tumores cancerígenos podem aparecer no tecido da bexiga, e estudos apontam forte relação entre o tabagismo e este tipo de câncer. O câncer de bexiga acomete principalmente idosos, e costuma aparecer 3 vezes mais em homens que em mulheres¹, ².

Diagnóstico

Existem sinais e sintomas frequentes em pacientes com câncer de bexiga, como sangue na urina, vontade frequente de urinar, mas sem conseguir de fato fazê-lo, queimação e dor ao urinar entre outros.

O exame de urina também é um dos primeiros exames que ajudam no diagnóstico, por revelar as substâncias presentes na urina.

Exames de imagem também são necessários para completar o diagnóstico, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassom. Esses exames são importantes para determinar o tamanho e localização dos tumores e avaliar se outros órgãos próximos também foram atingidos.

E muitos casos a biópsia de bexiga também pode ser necessária, para confirmar o diagnóstico e determinar o estágio da doença ².

Tratamento

O tratamento do câncer de bexiga pode ter várias abordagens diferentes como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia intravesical e até mesmo a cirurgia. Algumas vezes, a combinação de mais de um tratamento também pode ser indicada.

A cirurgia é um tratamento indicado para grande parte dos casos. Quando o tumor é simples e incial, uma cirurgia intraurtral pode ser a solução. Mas para casos mais avançados é necessário a realização de uma cistectomia, que é a retirada de uma porção ou a totalidade de bexiga.

A cistectomia pode ser realizada por uma cirurgia aberta, sendo necessário um grande corte no paciente para que o cirurgião possa visualizar a bexiga e removê-la. Ou pode ser feita por uma cirurgia minimamente invasiva, onde o cirurgião faz apenas pequenos furos no abdome do paciente, para introduzir os instrumentos e uma câmera para visualização.

A cirurgia robótica da Vinci apresenta a vantagem nos intrumetos serem totalmente articulados, conferindo maios precisão de movimentos para cirurgião realizar os procedimentos. Além de proporcionar uma imagem 3D e de alta definição para o cirurgião.

Alguns estudos mostraram que pacientes submetidos à cistectomia robótica apresentaram menor taxa de complicações que pacientes que tiveram uma cirurgia aberta. Além de apresentarem também menor necessidade de transfusão de sangue e período de internação ³, 4.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada caso, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.

Referências

  1. Câncer de Bexiga. INCA, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-bexiga. Acesso em: 02/05/2022.
  2. Cirurgia para Câncer de Bexiga. Ocoguia, 2020. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cirurgia-para-cancer-de-bexiga/1909/203/. Acesso em: 02/05/2022.
  3. Santhianathen, N J; Kalapara, A; Frydenberg, M; Lawrentschuk, N; Weight, C J; Parekh, D; Konety, B R. Robotic Assisted Radical Cystectomy vs Open Radical Cystectomy: Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of Urology, 2019.
  4. Casey, K. Ng; Kauffman, E C; Lee, M M et al A Comparison of Postoperative Complications in Open versus Robotic Cystectomy. European Urology, V 57, Issue 2, 2010, pages 274-282.

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