Cirurgia Ginecológica
Cirurgia robótica da Vinci

Você sabia que 1 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva sofre com endometriose no Brasil¹? Além disso, existem diversos tipos os cânceres ginecológicos que afetam fortemente a população, sendo o câncer de colo de útero o terceiro mais prevalente em mulheres brasileiras².

Por esse motivo, sabemos que a saúde feminina é uma questão delicada e essencial à qualidade de vida de toda mulher. No mundo inteiro, mulheres enfrentam problemas de saúde ginecológica e procuram cuidados que ofereçam os melhores resultados, com o menor impacto pós-operatório.

Em um momento tão delicado da vida da paciente, oferecer cuidados minimamente invasivos pode significar oferecer o que há de melhor. Com a tecnologia robótica os cirurgiões podem proporcionar esse tipo de cuidado, podendo atingir excelentes resultados.

Conheça os diversos tipos de procedimentos ginecológicos que podem ser realizados por meio da cirurgia robótica da Vinci:

  • Endometriose
  • Miomectomia
  • Histerectomia

Converse com seu cirurgião sobre os resultados cirúrgicos que ele consegue quando utiliza o sistema da Vinci, pois a experiência de cada médico é diferente. Pergunte a ele sobre:

  • Tempo de internação das pacientes;
  • Taxas de complicações;
  • Preservação da fertilidade;
  • Dor após o procedimento;
  • Duração do procedimento.

 

Referências

  1. Ministério da Saúde. Portaria nº 144, de 31 de março de 2010. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Endometriose
  2. Câncer do colo do útero. INCA, 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero. Acesso em: 25/05/2022

Endometriose

a doença

A endometriose é uma condição em que o tecido endometrial, que é o tecido encontrado normalmente dentro do útero, cresce em regiões fora do útero, como no ovário, trompas e outros.

Especialistas apontam que uma em cada dez mulheres desenvolvem endometriose durante seus anos reprodutivos, e para essas mulheres, essa condição pode ser difícil de lidar¹. Muitas mulheres com endometriose não apresentam sintomas, mas para aquelas que possuem, os sintomas podem incomodar muito e incluem dor pélvica crônica, especialmente próximo ao período menstrual; alto fluxo menstrual; dor durante a relação sexual e problemas de fertilidade. Estima-se que quase 40% de mulheres com infertilidade tenham endometriose².

Diagnóstico

O diagnóstico de endometriose não é simples, normalmente ele se inicia pela análise dos sintomas e histórico familiar.  O exame clínico ginecológico também tem grande importância para a detecção dessa doença.

Além disso, muitas vezes outros tipos de exames também são necessários para ajudar no diagnóstico, como ultrassom transvaginal, ressonância magnética, e a dosagem de um marcador sanguíneo chamado CA-125, que se altera nos casos mais avançados de endometriose².

Quando ainda há grande incerteza do diagnóstico, pode ser indicada uma videolaparoscopia, onde o médico introduz uma câmera na pelve da paciente, e pode realmente ver as lesões que estão na parte interna do corpo. Por ser invasivo, esse é normalmente o último recurso utilizado³

Tratamento

Por ser uma doença crônica, o tratamento da endometriose consiste em diminuir os sintomas que afetam a qualidade de vida da paciente, normalmente esses sintomas são fortes dores pélvica e infertilidade.

O tratamento deve ser sempre individual, avaliando os desejos e necessidades da paciente. É comum serem feitas abordagens medicamentosas e hormonais tanto para reduzir o quadro de dor e principalmente para melhorar a fertilidade. A cirurgia pode ser uma possibilidade em todos os estágios da doença, mas na endometriose severa e profunda ela é ainda mais considerada.

A cirurgia de endometriose é um procedimento para remoção do tecido endometrial que está crescendo fora do útero, ou seja, nos ovários, nas trompas, bexiga, intestino e abdome. Esse procedimento é normalmente feito por uma técnica minimamente invasiva, sendo uma das opções é a videolaparoscopia cirúrgica. A outra opção minimamente invasiva é a cirurgia robótica 4.

Além de vantagem de necessitar de apenas cortes muito pequenos, a cirurgia robótica proporciona maior precisão de movimentos para o cirurgião conseguir remover os focos da endometriose e preservar os tecidos sadios, o que é uma grande vantagem para os casos em que a paciente ainda tem o desejo de engravidar. No Brasil, a cirurgia de endometriose é o procedimento ginecológico mais realizado com o sistema da Vinci, os médicos brasileiros são grandes referências desse tipo de procedimento no mundo.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada caso, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.

Referências

  1. Oliveira, J. B. A., Baruffi, R. L. R., Franco Junior, J. G. Endometriose Parte I – Incidência, classificação, etiopatogenia, aspectos imunológicos, endometriose e esterilidade; Femina; agosto: 628-34, 1991
  2. Health Topics: Endometriosis. O­ce on Women’s Health. U.S. Department of Health & Human Services. 2020. Disponível em: https://www.womenshealth.gov/a-z-topics/endometriosis. Acesso em: 25/04/2022
  3. Coimbra, I. H. V. Endometriose: aspectos clínicos e atualização no diagnóstico ultrassonográfico. 2019. Disponível em: https://pebmed.com.br/endometriose-aspectos-clinicos-e-atualizacao-no-diagnostico-ultrassonografico/. Acesso em: 25/04/2022
  4. Navarro, P. A. A. S., Barcelos, I. D. S., Silva, J. C. R. Tratamento de Endometriose. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 28 (10); 2006 

Miomectomia

A doença

A miomectomia é uma cirurgia para remoção de miomas, também chamados de fibroides, que estão localizados dentro ou ao redor do útero.

Os miomas uterinos são um tipo comum de tumor benigno, ou seja, não cancerígeno, e são compostos de células musculares que se reúnem formando massas dentro ou ao redor do útero. Mulheres com miomas podem sofrer com sintomas que geram muito desconforto, como dores pélvicas, fortes cólicas, mudanças na menstruação, problemas com fertilidade e abortos¹.

Diagnóstico

Muitas mulheres com miomas não apresentam sintomas, mas algumas desenvolvem algum bastante característicos e são o ponto de partida para o início do diagnóstico. Sangramento anormal do útero e dores fortes e contínuas durante o período menstrual podem ser indicadores de miomas.

O exame clínico ginecológico é muito importante para o diagnóstico, pois traz informações da mudança de estrutura do útero causada pelos miomas. Além disso, o exame de ultrassonografia transvaginal permite que o médico tenha imagens que ajudam no diagnóstico.

Algumas vezes os exames iniciais identificam uma massa de tecido no útero, mas sem a certeza de que realmente é um mioma. Nesses casos, exames como a histeroscopia e a ressonância magnéticas também podem ser solicitados para confirmação de que se trata de tumores não cancerígenos².

Tratamento

O tratamento de miomas uterinos é sempre individualizado, considerando as características de cada paciente. O tratamento medicamentoso muitas vezes pode ser uma solução, contudo, pode haver a necessidade de algum tipo de procedimento cirúrgico.

A miomectomia é a cirurgia para remoção dos miomas. Esse procedimento tem como objetivo remover apenas os miomas, preservando totalmente o útero da mulher.

Existem diferentes maneira de se realizar a miomectomia, dependendo de cada caso. A cirurgia pode ser feita de forma aberta, onde uma incisão parecida com a da cesárea é realizada para que o médico acesse o útero e retire os miomas. Pode ser feita também por histeroscopia, onde uma câmera é introduzida através da vagina até o útero e o médico remove os miomas internos. Ou por meio de uma cirurgia minimamente invasiva, como a laparoscopia e a cirurgia robótica da Vinci.

Na cirurgia robótica existe o benefício da serem feitos apenas pequenas incisões na paciente, além de trazer maior precisão de movimentos e agilidade para o cirurgião realizar as suturas internamente. A visão 3D proporcionada pelo sistema robótico também é uma grande vantagem desse tipo de procedimento.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada caso, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.

Referências

  1. Miomas Uterinos. Biblioteca Virtual em Saúde, 2005. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/miomas-uterinos/#:~:text=Miomas%20s%C3%A3o%20tu

mores%20uterinos%20benignos,de%20tamanho%20ap%C3%B3s%20a%20menopausa. Acesso em: 25/04/2022.

  1. Bellusci, L. S. L., Miomas Uterinos, PEDMED, 2022. Disponível em: https://pebmed.com.br/miomas-uterinos/. Acesso em: 25/04/2022.

Histerectomia

A doença

Existem várias doenças que podem afetar o útero, e por vezes existe a necessidade da remoção desse órgão, para que a paciente seja curada ou sofra menos com os sintomas. Dentre essas patologias, há o surgimento de tumores malignos, conhecido como câncer. Existem diversos tipos de cânceres ginecológicos, os mais frequentes são câncer de colo do útero, câncer de ovário e câncer do endométrio.

A necessidade de remoção do útero é uma decisão muito difícil, sendo sempre uma decisão individualizada, que leva em consideração o grau de avanço da doença e sua e complexidade. Além disso, também deve ser avaliada as suas características físicas, como idade, impacto dos sintomas em sua vida e vontade de engravidar.

Diagnóstico

Para a detecção do câncer de colo de útero, existe o exame clínico conhecido como Papanicolau, que tem grande eficiência em detectar esse tipo de tumor em estágios ainda iniciais.

Para os cânceres de ovário e de corpo de útero, exames como o ultrassom transvaginal e a histeroscopia são muito importantes para o diagnóstico, já que é muito difícil de serem detectado apenas pelo exame clínico.

O exame de sangue com a dosagem de um marcador sanguíneo chamado CA-125, também é um dos principais métodos para a detecção do câncer no ovário e de corpo de útero.

Tratamento

A histerectomia é um procedimento cirúrgico no qual o útero e tecidos próximos são cirurgicamente removidos. Este é um procedimento comum como tratamento de várias doenças diferentes.

Chama-se histerectomia benigna quando a remoção do útero acontece devido a uma causa não cancerígena, nesse caso, o objetivo é eliminar ou reduzir alguns sintomas que você possui. Diversas condições podem necessitar de uma histerectomia benigna, dentre elas pode-se destacar: endometriose, fibroides, sangramento anormal, dor pélvica crônica, prolapso pélvico.

Quando a retirada do útero acontece devido a um câncer na região, o procedimento é chamado de histerectomia maligna. Nesse caso o objetivo é eliminar ou reduzir o tecido acometido com tumor que está presente em seu organismo.

Os principais tipos de histerectomia são:

  • Simples: procedimento para remoção do útero, cérvix e tecido circundante.
  • Radical: procedimento para remoção do útero, cérvix, tecido circundante e parte da vagina.

Ambos os procedimentos podem ser indicados para tumores cancerígenos ou não cancerígenos. Seja qual for a causa, se você teve uma indicação de histerectomia, a cirurgia robótica pode ser uma opção para você.   

Pacientes que fazem histerectomia robótica podem ter menos complicações que pacientes que fizeram cirurgia aberta¹, ³ ou laparoscópica¹, ³, ⁵. Além disso, estudos apontam que o tempo de permanência no hospital após o procedimento robótico é menor que em pacientes que fizeram cirurgia aberta¹, ⁴, cirurgia laparoscópica¹, ², ³, , ⁵.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada caso, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.

Referências

  1. Robot-Assisted Surgery Compared with Open Surgery and Laparoscopic Surgery: Clinical Effectiveness and Economic Analyses. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24175355
  2. Clinical and Cost Comparisons for Hysterectomy via Abdominal, Standard Laparoscopic,Vaginal and Robot-assisted Approaches. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21710804
  3. Multicenter analysis comparing robotic, open, laparoscopic, and vaginal hysterectomies performed by high-volume surgeons for benign
  4. A Comparison of Quality Outcome Measures in Patients Having a Hysterectomy for Benign Disease: Robotic vs. Non-robotic Approaches. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24513969
  1. Robot-Assisted Laparoscopic Hysterectomy vs Traditional Laparoscopic Hysterectomy: Five Metaanalyses. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22024259

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